Pular para o conteúdo principal

Análise: exercícios militares da OTAN comprovam militarização acelerada dos países bálticos

Militares da OTAN durante as manobras Spring Storm na Estônia
© REUTERS / Ints Kalnins/File Photo


No dia 29 de abril, os treinamentos militares Spring Storm 2019 da OTAN tiveram início na Estônia. Segundo opina o especialista militar russo, essa república báltica representa uma prioridade para as forças do bloco militar.

Tropas e material bélico de países membros da OTAN chegaram à Estônia para participar dos exercícios militares em grande escala Spring Storm 2019. Conforme dados do Estado-Maior das Forças da Defesa do país báltico, mais de 9 mil militares de 13 países participarão dos treinamentos. Ademais, planeja-se usar cerca de 200 unidades de material bélico, inclusive tanques britânicos Challenger 2 e franceses Leclerc, caças alemães e britânicos Eurofighter e aviões de ataque ao solo poloneses Su-22.

Nessa conexão, o diretor do Centro de Pesquisas Políticas e Militares do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO, na sigla russa), Aleksei Podberezkin, comentou, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, que nos últimos anos é possível observar uma militarização acelerada dos países bálticos, inclusive da Estônia.

"A Estônia está tentando se transformar em uma 'grande potência militar', pelo menos à escala do Báltico. Não apenas a Estônia, mas também seus vizinhos, Letônia e Lituânia, aumentaram significativamente seus gastos militares nos últimos anos. Tais gastos são completamente desproporcionados ao crescimento do PIB, ou seja, é uma militarização explícita", assegurou.

Ao mesmo tempo, o especialista destacou que os exercícios militares na Estônia são parte dos preparativos da Aliança Atlântica enfrentar a Rússia.

"Nos países bálticos está sendo preparada uma infraestrutura da OTAN, e neste aspecto a Estônia é uma prioridade para a OTAN. E se estamos falando do desenvolvimento da infraestrutura, aqui é necessário treinar o desdobramento de forças armadas, a preparação de diversas instalações para receber forças armadas, equipamentos militares, a instalação de centros de comunicação, etc.", sublinhou.

Assim, o especialista acredita que "se trata da preparação de uma infraestrutura da OTAN para enfrentar a Rússia, e a Estônia foi escolhida como uma direção crucial em caso de uma possível agressão contra a Rússia", concluiu.

Sputnik

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Três regimentos de caças Su-57 serão o bastante para Rússia concorrer com F-22?

CC BY-SA 3.0 / Alex Beltyukov / Sukhoi T-50 Na próxima década a Rússia irá receber três regimentos aéreos dotados de caças de quinta geração Su-57, quase 80 aeronaves. A decisão de acelerar a produção foi tomada na reunião dedicada ao desenvolvimento da indústria de defesa atendida pelo presidente russo Vladimir Putin. O material da Sputnik aborda as razões dessa decisão e as perspectivas do projeto em comparação com os análogos estrangeiros. Estava programado que até 2027 a Força Aérea da Rússia receberia 16 caças Su-57. Contudo, o presidente da Rússia Vladimir Putin, durante a reunião dedicada ao desenvolvimento da indústria de defesa que teve lugar em Sochi, anunciou que no futuro próximo as Forças Armadas receberiam 76 aeronaves equipadas com meios de ataque modernos e que ao mesmo tempo a infraestrutura também seria adaptada para os caças. Vale ressaltar que, graças à redução do custo de produção e à otimização, a aquisição não afetará o orçamento. Em resultado dessas medidas, ...